sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A Virtude da Surata da Abertura (Al Fátiha)


Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
Sheikh.Khaled Taky El Din
Louvado seja Deus Que criou o homem, ensinou-lhe a eloqüência, protegeu-o contra o Satanás, submeteu-lhe as criaturas. Louvamo-Lo, glorificado seja, de forma apropriada para a Sua Magnificência e Autoridade. Presto testemunho que não há outra divindade além de Deus, Único, sem parceiros, e presto testemunho que Mohammad é Seu servo e Mensageiro, Seu escolhido e amado dentre Suas criaturas.
Caros irmãos muçulmanos, queridos do Rassulullah (S):
Deus, Glorificado e Exaltado seja, revelou o Seu Livro com misericórdia para o universo, uma luz para toda a humanidade, uma orientação para os extraviados. Já se falou muito a respeito da virtude da Surata da Abertura. Ibn Abbás (R) disse: “Enquanto o Rassulullah (S) estava na presença de Gabriel, ouviu um som por cima dele. Gabriel ergueu a vista e disse: ‘Foi aberta uma porta no céu que nunca havia sido aberta antes.’ Então, um anjo foi ter com o Profeta (S) e lhe disse: ‘alegre-se com duas luzes que lhe foram dedicadas que nenhum outro profeta teve antes de você: A Surata de Abertura e o final da Surata Al Bacara. Cada letra que você recitar deles as luzes lhe serão concedidas.’” (Narrada por Musslim). Abu Huraira (R) disse: “Quem praticar a oração e não recitar nela a Mãe do Alcorão não será completa” (e disse isso três vezes). Abu Huraira (R) disse que ouviu o Rassulullah (S) dizer: “Deus, Exlatado seja disse: ‘Dividi a oração de Meu servo em duas partes e ao Meu servo concederei o que ele pedir’. Ao dizer: ‘Louvado seja Deus, Senhor do Universo’, Deus diz: ‘Meu servo Me louvou.’ Ao dizer: “O Clemente, o Misericordioso”, Deus diz: ‘Meu servo Me elogiou’. Ao dizer: ‘Soberano no Dia do Juízo”, Deus diz: ‘Meu servo Me Magnificou.” Ao dizer: ‘Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda”, Deus diz: ‘Isto está entre Eu e o Meu servo, e a ele concederei o que pedir.” Ao dizer: ‘Guia-nos à senda reta, à senda dos que agraciaste, não à dos abominados, nem dos extraviados’, Deus diz: ‘Este é  de Meu servo e ele terá o que pede.” (Narrada por Nassá-i).
Os jurisprudentes reuniram os nomes da Surata Al Fátiha (da Abertura) pela sua virtude: É “a Abertura do Livro”, ou seja, ela é a primeira Surata do Alcorão e a recitação na oração começa com ela. É a “mãe do Livro”, é a mãe do Alcorão porque seus significados estão contidos no conteúdo dela. São os “sete versículos reiterados”, porque é repetida em toda unidade de oração, e a “magnífica recitação”, de acordo com a afirmação do Rassulullah (S): “Louvado seja Deus é a mãe do Alcorão, a mãe do Livro, os sete reiterados e a magnífica recitação.”
Entre seus nomes está: ‘O louvor, e a oração, de acordo com a afirmação do Rassulullah (S) a respeito de seu Senhor: ‘Dividi a oração de Meu servo em duas partes e ao Meu servo concederei o que ele pedir.’ Ao dizer: ‘Louvado seja Deus, Senhor do Universo’, Deus diz: ‘Meu servo Me louvou’ (tradição citada acima). Ela foi denominada de oração porque é uma de suas condições. É também chamada de “cura”, de acordo com a tradição Abu Said Al Khudri quando benzeu o enfermo com ela. O Rassulullah (S) disse a esse respeito: “Quem te assegura que não poderia ser bênção?” (Sahih Ajjámi’). É denominada, também, de “base do Alcorão”, de acordo com a narrativa de Cha’bi, baseado em Ibn Abbás (R) que foi denominada de “base do Alcorão” e a sua base é “Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso”. É também denominada de “bênção”. Foi assim denomina por Sufian Ibn ‘Iyaina. Foi também denominada de “Káfiya” (Suficiente) por Yahia Ibn Abi Kacir. Ela foi revelada em Makka, de acordo com Ibn abbás, Cattada e Abu Al ‘Iyála.
Servos de Deus, os jurisprudentes têm três opiniões a respeito da recitação da Surata Al Fátiha durante a oração:
Primeira: Que deve ser recitada pelo Imam e pelo seguidor e pelo orador solitário. A prova disso são as várias tradições a respeito disso: “Nenhuma oração é válida sem a recitação de Al Fátiha.” “A oração sem a recitação da Surata Al Fátiha é incompleta.” “Nenhuma oração é recompensada sem a recitação da mãe do Alcorão.” Essa é a afirmação do Imam Cháfi’i.
Segunda: A sua recitação não obrigatória pelo seguidor do Imam nem de outra recitação na oração com voz audível ou silenciosa, de acordo com a narrativa de Ahmad Ibn Hanbal em seu Musnad, baseado em Jábir Ibn Abudullah, com base no Profeta (S), que disse: “Quem estiver seguindo o Imam, a recitação deste é sua recitação.” A sua autenticidade é duvidosa.
Terceira: A sua recitação é obrigatória para o seguidor do Imam em oração silenciosa e não é proibida na de oração audível, de acordo com o Sahih Musslim, baseado em Abu Mussa Al Ach’ari: “O Imam é para ser seguido. Ao dizer Deus akbar (Deus é Maior), os seguidores também dizem. Ao recitar, eles ficam em silêncio.” O Cháfi’i citou isso também.
O que tranqüiliza nessas opinião é que a recitação da Surata Al Fátiha é obrigatória para o seguidor na oração silenciosa. Quanto à oração com voz audível, deve seguir o Imam. Se este deixar um tempo após a sua recitação à Surata Al Fátiha, o seguidor pode recitar a surata. Se não deixar, o seguidor não deve recitar. Que os irmãos que estão praticando a oração que recitam a Surata Al Fátiha em voz audível que deixem de fazê-lo para não atrapalhar o resto dos oradores ou o Imam, pois assim estarão cometendo algo impróprio na oração.
Devemos, caros irmãos, ensinar os nossos filhos a decorarem essa Surata abençoada, informando as virtudes que ela possui. Ela é luz e bênção, segurança e salvação para todo crente e toda crente. Ó Deus, faz com que o Alcorão seja a satisfação dos nossos corações, a luz dos nossos olhos, o alívio das nossas aflições, o encerramento de nossa tristeza. Que seja um argumento ao nosso favor e não contra nós, nosso companheiro em nosso túmulo. Que nos agracie com a sua recitação durante a noite e nas pontas do dia.

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